domingo, 20 de setembro de 2009

Língua, Gramática e Sociedade

Por: Roberlan Pereira dos Santos
Somos dotados de uma língua, de um idioma natural. Essa língua pode ser escrita ou falada, só não pode ou não deve ser exclusiva de um grupo social qualquer por mais sincero e esforçado que este seja.
A língua é, antes de "ser gramática", uma manifestação social (cultura, economia, lazer, sexo, saúde...) e não está limitada ao tempo, à região, por exemplo. Mas não fica isolada destes; interage. Assim, o idioma existe em nós, por nós e para nós. Somos seus construtores e observadores pérpetuos.
Nessa perspectiva, estudar gramática é dar um mergulho em nós mesmos como sendo frutos de um contexto social e, ao mesmo tempo, agentes na e da sociedade. Então, estruturas do tipo fonética, morfologia, sintaxe e semântica ficam condiciondas à vida social e cultural de um indivíduo ou de seu grupo.
Infelizmente ou felizmente, quando um grupo social ascende leva para os não-ascendentes uma lista de imposições socias que servirão de aio condutor dos desejosos à subida de posição na pirâmide social.
Entretanto, essa subida nem sempre é possível e com o tempo se aprende que esse "crescimento" depende de entendermos como nossa sociedade está formatada, principalmente quanto aos seus conceitos sobre língua e gramática.
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